1 de dez. de 2008

E o Planeta Terra?

E então, depois de tudo já ter sido escrito sobre o assunto, chega a vez da atrasada aqui comentar sobre o que aconteceu há três semanas atrás...


SP/PLANETA TERRA

Minha viagem à SP ocorreu conforme o planejado: pedi folga de 10 dias do emprego, fiz as contas de quanto mais eu poderia faltar nas aulas da faculdade, fiz minhas malas e entrei em um avião pela primeira vez em minha vida. O funcionário simpático da Webjet me acomodou na antepenúltima fileira do avião, e ainda por cima no corredor! Ok then! Meu pescoço doeu de tanto ser esticado para ver a paisagem através da mini-janela do avião. Peguei meus fones, ouvi Devo e Kaiser Chiefs (essa última a grande culpada por eu estar fazendo essa viagem), e sei que depois de ouvir uns 3 ou 4 álbuns, uma voz informou que estávamos chegando ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. E pensar que de ônibus eu teria tido tempo de ouvir uns 35 álbuns...

Ao contrário do que muitos pensam, eu sei me virar sozinha. Sei quando, de fato, ESTOU sozinha. Chegando ao Aeroporto, descobri logo como chegar à Rodoviária do Tietê. Tudo bem que me fizeram pagar 28 reais para chegar ao meu destino, alegando "não ter ônibus municipal para a Rodoviária". Chegando lá, pedindo informação para um ou outro guarda, cheguei ao ponto de ônibus e finalmente entrei no João VI, atenta em entrar pela porta da frente e bestificada em descobrir que agora os ônibus em São Paulo tem porta dos dois lados. Nem vou escrever aqui o quanto o trânsito atrasou a minha chegada, e o quanto isso não me incomodou em nada, pois o horário de verão fez o dia ainda estar claro às 8 horas da noite, e o quanto eu gosto de olhar São Paulo pela janela de um ônibus não tem explicação...

uma das fotos dãr que tirei da janela do ônibus. sim, estava chovendo!

Até chegar o tão esperado sábado, dia 08 de novembro, não fiz nada além de descansar, bater perna em Pinheiros à procura de roupas bacanas para comprar e perguntar para Deus e o mundo como chegar ao tal Villa dos Galpões, onde seria o festival. As informações foram bem precisas, então no sábado, após um ônibus e um trem, lá estava eu na Villa dos Galpões, onde eu ficaria esperando por duas horas a chegada do meu ingresso, que estava nas mãos da Sra. Murphy. Fiquei realmente preocupada em perder o show do JESUS AND MARY CHAIN, mas meu ingresso chegou a tempo de evitar tal desastre.


- JESUS AND MARY CHAIN

Após dar uma analisada no local, acompanhada da Sra. Murphy e de seu amigo Júnior, e de ouvir de longe a chatinha do Mallu Magalhães e a doideira não-compreendida do Animal Collective, chegou a hora do retorno de JESUS. Posso dizer que sim, eu estava muito interessada nesse show, mas minto se disser que sou fã de carteirinha da banda. O único álbum da banda que conheço mesmo é o cultuado Psychocandy, que sim, adoro. Outros dois álbuns eu conhecia bem menos, Darklands e Automatic. Acabou que do show inteiro eu só sabia mesmo cantar umas três músicas, e conhecia as outras por alto. O que não fez do show ruim, é óbvio! Mas a postura da banda no palco (pelo menos não viraram as costas para o público, haha) fez com quem o show só fosse mesmo excitante para quem conhecia a banda a fundo. Não acho que o Jesus seja a banda certa para tocar em mega-festivais. Um ambiente menor e mais intimista teria muito mais a ver. De qualquer jeito, me senti privilegiada por estar presenciando tudo aquilo. E por poder cantar "Just like honey" e "Reverence" com uma voz que não estava em seus melhores dias. E a canção nova da banda, "Kennedy Song", fez bonito!

foto de um site aí, já que ainda não recebi as fotinhos ruins que tirei da banda...


- SPOON

Mais passeios e encontros com pessoas famoooosas por aí, tipo Supla, Kid Vinil e Marimoon. Também ouvi de longe Foals e presenciei umas duas músicas do show (lotado!) do Offspring. Então me separei de meu grupo para conferir o show do SPOON, no Palco Indie. Felizmente cheguei quando a banda estava entrando no palco. Minha história com o Spoon é...bem, não tem muita história. Conhecia e gostava bastante do último álbum deles, Ga ga ga ga ga (depois dizem que o KC é que é besta por seus "Na na na na naa's"), graças a influência da dona Tati, mas não passava disso. Agora o show...minha nossa, QUE SHOW! A banda é super carismática, o público estava super empolgado, nem sabia dessa fama do Spoon por aqui! É claro que eles tocaram o último álbum quase inteiro, e numa empolgação de dar gosto de ver! Até as músicas que eu não conhecia foram bem recebidas por mim e por todo o público. Show bonito, banda competente, público feliz. Teria sido o melhor da noite se a atração principal não tivesse tocado pouco depois...

foto de outro site aí, já que fiquei meio longe e não tirei fotos, só fiz uns videozinhos que ficaram horrorosos...


- BLOC PARTY

Tá, esse eu só vi para reservar um bom lugar para o último show da noite. Preferia ver Breeders no Palco Indie, mas o KC me obrigou a ver o show do BLOC PARTY inteirinho. E eu senti que não era a única a estar lá só para não perder o lugar. Enfim, baixei alguns álbuns do Bloc Party para ver se eu conseguia gostar, mas não teve jeito. O show foi sem gracinha. A banda tenta, mas não é lá muito simpática e o vocalista comentando sobre o vexame do VMB foi meio forçado.




- KAISER, KAISER, KAISER CHIEFS!!!!!!!!!!!!

Para começar, um grito:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!
Foi o Bloc Party sair do palco que comecei a me enfiar no meio do povo, a caminho da tão requisitada grade, e acabou que fiquei na segunda fileira, perdendo lugar na primeira para umas fãs de carteirinha da banda que eu reconheci por foto, do orkut, e que estavam conversando sobre como foi perfeito o encontro que elas tiveram com a banda no dia anterior. ¬¬ Anyway, fiquei lá ouvindo e me segurando para não ser derrubada por um pateta que estava me empurrando sem dó nem piedade. Quando apareceu o nome "KAISER CHIEFS" no fundo do palco, o coração bateu mais forte e senti aquela ansiedade revirar meu estômago. Seria FODA, eu estava pressentindo.
A banda atrasou um pouco, é claro. E eu lá, firme e forte com o pateta ainda ao meu lado. Então as luzes apagaram. Então a banda começou a entrar no palco! Então vejo o Peanut entrando, mas ele não tinha acabado de ser operado de apendicite? Sim, e estava lá tocando! As fãs orkutianas começaram a gritar "Peanut, Peanut", ajudadas por mim! IL A UM HIROI mesmo!!! E então aparece o SR. WILSON e começa com "Everything is average nowadays"! Quando dei por mim, aquela figura redonda e surpreendentemente branca e rosa, com o microfone na mão, já estava lá na minha frente, subindo em cima da platéia e pegando em todo mundo! AI MEU DEUSO!!!!!! ESTICA O BRAÇO, ESTICA O BRAÇO!!!! UMA BAGUNÇA, UM TANTO DE BRAÇO, UM APERTO, UMA BATEÇÃO, SUOR E SUOR, E LÁ ESTAVA EU, PEGANDO NA MÃOZINHA DELE!!!! Algo que se repetiria mais tarde! AI! Nesse desespero para pegar na coisa branca e rosa (oi?), o pateta acabou sumindo do meu lado. Hahah!

Então o show continuou, e o aperto e a certeza de futuros hematomas não me desanimavam em NADA! Cantei horrores, gritei, mas gritei no ouvido de todo mundo, pulei como se disso dependesse a minha vida, suei litros, e tudo com uma satisfação indescrítivel. Podem dizer qualquer coisa sobre o KAISER CHIEFS, menos que ele são ruins de palco! Meo Deos! Até a pessoa mais chata não conseguiria ficar parada observando aquela criatura pulante e besta no palco, cantando "I predict a riot", "Oh my god", "You want history", "Never miss a beat" ou "Half the truth" (nessa cantei a parte do rapper inteirinha, HAHAH). E o fato de eu conhecer e gostar de todas as músicas ajudou muito! E os cartazes dos "Na na na na naa's", que coisa linda! E eles não tocaram "Born to be a dancer", que fiquei pedindo durante metade do show, mas a banda está totalmente perdoada!

E o final chegou, e deu a impressão de que o show tinha sido curto demais! Quando o Peanut deixou o palco, em uma cadeira de rodas, tive a certeza de que não teria bis, mas mesmo assim ainda fiquei esperando para ver se eles voltavam, o que não aconteceu.
Então dei o primeiro passo a caminho do ponto de encontro com meus amigos, e quase caí de tanto cansaço. Comecei a andar mancando, botei a mão na parte de trás da minha blusa e estava encharcada de suor. Um sorriso besta surgiu em meu rosto. Nunca fiquei tão satisfeita pós-show! É claro que a famosa "depressão pós-show" atacou, mas não foi com tanta força. A satisfação foi maior! =)


Ricky, segundos antes (ou depois, não lembro) de pegar em minha mão! ou melhor, de eu pegar na mão dele. hahah!


Próximo Post: R.E.M., Petro City, Wonderful City

Um comentário:

Srta. Tuppence Beresford disse...

ow mow dowsoooooooooo!!!


*-* *-* *-*